segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Electric Barbarella




- Vini, Duran Duran é legal né?
- Se eles fizerem show no Brasil você é meu convidado, Dria!

Em janeiro anunciou-se: eles viriam ao Brasil. Maníaco desesperado que sou, fui um dos primeiros a efetuar a compra online. Estava feito, iríamos ao show.

Não tenho lembranças de ter assistido a nenhum show ruim em minha vida (claro que também não fui ver o Michel Teló ou o Calypso, né?), mas em geral só me arrependo dos que deixei de ir, como o Depeche Mode, por exemplo.

A energia dos shows ao vivo é algo maravilhoso, costuma renovar a alma. E a companhia também é algo que sempre faz diferença: ar blazê e sapato social com paletó definitivamente não combinam com um show de banda de rock (talvez no Festival de San Remo...).

Assim fomos. Já saberia que das 7 mil pessoas, 5 mil delas seriam mulheres apaixonadas pelo baixista John Taylor. Cheguei cedo, levei lanche, sentei no chão, ouvi histórias bizarras, declarações de amor à banda, aquela receita de toda fila de show. Não posso deixar de citar o frio e aqueles comentários bacanas que se ouve do cara que ganhou o ingresso:

- Essa banda é aquela daquela música dos anos 80, qual é o nome mesmo?

No caso do Duran Duran existe uma particularidade. O baixista, o baterista e o ex-guitarrista são: John, Roger e Andy TAYLOR, mas não são irmãos ou parentes. Apenas uma coincidência com o sobrenome mais popular do Reino Unido. Adivinhe:

- Nossa, eles são irmãos e tocam juntos há tanto tempo, né? Isso! Era a reencarnação dos Bee Gees (pelo menos não citei o KLB).

Talvez eu esteja sendo azedo demais nos comentários. É claro que eu estava louco pelo show, sou grande fã da banda. Meu amigo Adriano também estava super animado, acesse sua visão do show em http://paciello-ops.blogspot.com.br/.

Quando chegamos ao limite do tormento, abriram os portões. O ingresso de pista vip me garantiu a grade, do lado que eu queria, e sem fotógrafos na frente: um paraíso! Meia hora de atraso na entrada ao palco, pra ingleses? Depois descobri que quem colocou a hora errada no ingresso foi a casa de shows.

Discutir competência de uma banda com 35 anos de estrada seria ridículo. Mas uma coisa que acredito é em seriedade e profissionalismo. E isso se viu nos quase 100 minutos de DD: uma banda que retribuiu a alegria do povo paulista com clássicosque não estavam no repertório, cantou seus hits nos tons originais e esteve preparada para os imprevistos (a engasgada de Simon Le Bon o tirou mais de 5 minutos do palco, porém o show seguiu normalmente com hits instrumentais, liderados pelo baixista).

E depois de 22 anos de shows de rock felizmente ainda tenho a mesma emoção: de ver e ser visto, sem ninguém na sua frente, por aqueles caras que estampam a capa do disco que você comprou com o dinheiro do seu almoço do colégio.

Sobre as músicas do show? Resumirei em 2 momentos: o arrepio ao ouvir as guitarras flamejantes em White Lines e as lágrimas na introdução do teclado em Save a Prayer.







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