sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

A fantástica fábrica de roscas





Sou comilão. Seria deselegante e completamente mentiroso dizer que, pesando 125 Kg, eu não gosto de comer. E, com raríssimas exceções, todo mundo tem um certo prazer em comer, principalmente aquilo de que mais gosta.

Confesso que não era muito fã de doces, trocaria qualquer sobremesa por um suculento bife à parmegiana. Mas essa situação mudou desde o ano passado.

Em agosto viajei a Miami. E tenho um amigo, a tranquilidade em pessoa, que sempre falava dos tais donuts que fabricavam perto de sua casa, aqueles que derretem na boca. Pensei:
- Tá bom, mais uma de suas histórias.

E queimei a língua (nos dois sentidos). A fábrica existia, os donuts eram quentinhos e derretiam na boca. Paixão instantânea de gordo. Do alto do letreiro guardei o nome pra sempre: Krispy Kreme.

Seria covardia tentar descrever a sensação, comparando com o que chamam de donutsaqui no Brasil. O doce era frito na hora, passava por uma calda de açúcar e ia direto pro pacote. Ah, a vendedora ainda pedia desculpas porque estavam muito quentes...

E assim passei felizes 8 dias dirigindo 2 quilômetros todas as noites até a fábrica de delícias. Pasmem: voltei pro Brasil com 12 na mala! E claro, da série não se sabe por que acontece, fui parado na alfândega e tive que explicar o porquê das guloseimas na bagagem (apesar de achar que meu tamanho valia por mil palavras).

Em dezembro fui ao Japão. Ver meu time do outro lado do mundo e visitar um lugar tão lindo já era o bastante pra mim.  Fui visitar Shibuya, a cidade do cachorro Hachiko, e na entrada do shopping vejo o anúncio: era o Krispy Kreme japonês.

Passar a tarde saboreando o doce teria sido algo comum, se não fosse a cara de um dos habitantes locais ao ver dois turistas morrendo de rir com 12 donuts em cima da mesa (levamos 8 deles pra viagem).

Desejos realizados, compras feitas, Corinthians campeão do mundo! Ainda tínhamos uma escala em Istambul, um lugar lindo, antes do regresso a São Paulo. Uma noite pra se aproveitar muito. Paramos pra comer e escuto o Mauricio, meu primo e sócio:

- Nem vou te falar nada...

A foto abaixo acho que ilustra o final da história.


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